A estenose ou estreitamento do canal lombar é caraterizada pela diminuição do diâmetro do canal vertebral, e possui duas principais causas, a congénita e a adquirida.
A estenose congénita pode ser idiopática (sem causa definida) ou estar relacionada com doenças que alteram a formação do canal vertebral.
A causa mais comum de estenose adquirida é a degenerativa. A degeneração ou desgaste da coluna, é um processo natural que se inicia precocemente na vida adulta por volta da terceira década de vida, sendo inicialmente assintomática.
À medida em que o canal é estreitado, os nervos são gradualmente comprimidos, razão pela qual os doentes apresentam sintomas diferentes dependendo do (s) nervo (s) envolvido (s). Um dos sintomas mais comuns é a dificuldade para caminhar (claudicação neurogénica). A sensação é de que as pernas vão ficando mais “pesadas”, o sintoma alivia com o repouso e ao inclinar o tronco para frente, aumentando o espaço do canal vertebral. Por se tratar de uma doença progressiva, o doente pode tornar-se sintomático ao caminhar pequenas distâncias ou até mesmo ao ficar em pé.
O tratamento inicial da estenose é efetuado com medicação anti-inflamatória e analgésicos, além da fisioterapia.
Quando os sintomas são progressivos e não existe melhoria com o tratamento conservador, a estenose do canal lombar requer um procedimento cirúrgico. Quando a intervenção é necessária, existem várias opções minimamente invasivas para tratar a patologia, que permitem uma recuperação rápida com menos riscos e complicações.
O objetivo dessas cirurgias geralmente visa aumentar o diâmetro do canal onde estão contidos os nervos. Com a descompressão cirúrgica a dor é consideravelmente reduzida e ocorre uma melhoria da funcionalidade.
![](https://joaoduartesilva.pt/wp-content/uploads/2023/03/estenose-canal-vertebral.jpg)