A dor na coluna vertebral é um dos motivos mais comuns de procura de consulta médica.
Ao longo da vida mais de 80% da população adulta irá apresentar algum episódio de dor na coluna o que torna esse sintoma numa das principais causas de incapacidade para o trabalho e absentismo.
Anatomicamente, a coluna vertebral é dividida em regiões: cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea. A dor na região lombar (lombalgia) é a mais comum seguida da cervical (cervicalgia).
A dor é considerada aguda quando tem duração inferior a 6 semanas, subaguda de 6 a 12 semanas e crónica, quando superior a 12 semanas.
Em 85% dos casos nenhuma doença ou alteração é identificada – dor de origem inespecífica. Na minoria dos pacientes a causa da dor pode ser identificada: fraturas, infeção, neoplasias, doenças inflamatórias, deformidades estruturais, estenose do canal vertebral, hérnia de disco e espondilolistese.
Alguns sinais de alarme podem indicar que a dor na coluna seja sintoma de alguma doença mais grave.
- Infeção – Febre, doentes imunodeprimidos, presença de infeção ativa em outro local, antecedentes de tuberculose, usuários de drogas.
- Tumor – História de perda de peso rápida recente, dor crónica, dor em repouso, ausência de melhoria com medicação, história de tumor, tabagismo, idade avançada.
- Fraturas – Traumas de alta energia, osteoporose ou osteopenia
- Compressão neural – Dor irradiada para os membros, perda de força, alteração da sensibilidade, disfunção urinária/fecal.
Na presença desses sinais deve haver investigação, com exames de imagem: Rx, Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética.
A grande maioria das dores na coluna, melhoram num período de 5 a 7 dias e respondem bem ao uso de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxante muscular. Repouso por curto período (1 a 2 dias) e calor local (20 min 3 vezes ao dia), também ajudam na recuperação.
A fisioterapia e acupuntura demonstram bons resultados e podem ser indicados.
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