Estas articulações permitem o movimento do nosso tronco, sendo o desgaste ou artrose destas articulações conhecido como artrose facetária. Também é descrita como hipertrofia facetária pois os ossos destas articulações aumentam de volume com o processo degenerativo. A artrose facetária em geral está associada a outras patologias dos discos intervertebrais dificultando por vezes o seu diagnóstico.

Como as articulações facetárias estão presentes em toda a extensão da coluna vertebral, desde a região cervical até à lombar, a artrose facetária pode ocorrer em todos estes segmentos vertebrais. Entretanto, a região mais acometida é a coluna lombar baixa (articulações entre as vértebras lombares L4, L5 e S1). A sua prevalência é maior em grupos etários mais avançados.

Em geral a dor facetária inicia-se de modo insidioso podendo ou não cronificar. A dor em geral acomete a região lombar porém existem diversos territórios de dor referida que podem acompanhar a dor lombar.

O bloqueio do ramo medial pode permitir fazer o diagnóstico em casos de suspeita clínica. Uma resposta favorável ao bloqueio aumenta a probabilidade de sucesso após a radiofrequência lombar. Este procedimento é baseado na lesão térmica parcial do ramo medial da raiz nervosa e na diminuição da sensibilidade dolorosa da articulação facetária, fonte da dor. É um procedimento minimamente invasivo percutâneo que pode ser realizado com anestesia local ou sedação leve, com resultados satisfatórios por períodos variáveis de tempo. O procedimento é efetuado em ambulatório com alta hospitalar no próprio dia.